quinta-feira, 2 de julho de 2009

Mémorias de uma floricultura

Dia do namorados,
como sempre muitos apaixonados,
muitos pedidos de buquês,
depois de vários pedidos chegou um moço alto, de terno, com um jeito todo de importante, falando ao celular e pediu ao senhor que fizesse o buquê mais bonito e que o preço não importava.
Após terminado ele perguntou delicadamente se desejaria fazer um cartão e o moço sem largar seu celular disse que não seria necessário e que estava muito ocupado para isso, deu o endereço, pagou e se foi.
Logo em seguia chegou outro cliente, esse ao contrário do outro bem humilde, disse ao senhor que não tinha muito dinheiro mais que desejava mandar flores a seu amor e pediu para escolher as flores mais bonitas,depois parou e falo quero apenas um botão seria suficiente, o mais bonito que tivesse em sua loja, e que gostaria de ajuda para escolher, o senhor o ajudou com todo prazer.
O senhor perguntou delicadamente se gostaria de fazer um cartão e ele disse que sim e assim escreveu:
Minha querida nesse dia dos namorados quero que saiba que é amada
não importa se sou correspondido ou não
só quero que saiba que meu amor é verdadeiro
e como esse botão que lhe mando
simples porém de coração
me declaro apaixonado por você
e só espero que seja feliz
não importando quem esteja ao seu lado.
Com amor.

Após ter escrito pediu para o senhor que o atendia que lê-se e desse sua opinião, depois de ler disse que estava perfeito, mais que ele tinha esquecido de assinar...
E sua resposta foi que não iria assinar, que apenas desejava mostrar o seu amor e seu nome não tinha importância já que não eram nem namorados ainda, deu o endereço, pagou e foi embora.
E o senhor pensando na diferença dos dois clientes via que

um fazia por obrigação e o outro por amor,
um achava perda de tempo e o outro encarava como um prazer
um não tinha tempo para escrever e o outro tinha necessidade de se expressar
um mostrava quantidade e o outro qualidade

E assim o ano se passou e mais um dia dos namorados chegará e toda aquela agitação começava novamente...
Enquanto preparava mais um arranjo de flores um senhor parou na sua frente e falou: O senhor lembra de mim?
Analisou-o e lembrou que era aquele mesmo moço alto, de terno, com um jeito todo de importante, falando ao celular e que não via necessidade de escrever um cartão e assim respondeu a ele que se lembrava e perguntou como ia o namoro.
Ele respondeu rapidamente, pois novamente estava com pressa que havia terminado e que estava com outras mais queaté hoje não tinha entendido direito o porque deles terem terminado.
o senhor curioso perguntou: Como assim você não sabe?
Ele respondeu: Não sei ela apenas me disse que a tinha perdido para um botão. Sabe como são as mulheres não? Sempre confusas... Não as entendo até hoje.
O senhor deu um sorriso e respondeu: Pois eu entendo.

Moral: De qualidade ao seu amor e não quantidade.